As equipes da Divisão de Riscos Biológicos da Coordenação de Vigilância Ambiental (CVA) e da Defesa Civil de Nova Iguaçu, ambas inseridas na Secretaria Municipal de Saúde, participaram da palestra “Desastres Naturais: conceitos, análises e mapeamentos”. O encontro teve o objetivo de capacitar os profissionais para atuarem em casos de desastres naturais, como também prepará-los para orientar e atender a população residente em áreas de riscos de inundações.
O coordenador do CVA, Claudio Gomes de Barros, explicou a importância do trabalho da equipe. “A vigilância ambiental na área de desastres naturais atua na prevenção e controle dos riscos para a saúde humana e meio ambiente, decorrentes de eventos relacionados a inundações, secas, deslizamentos e incêndios em vegetações”, disse.
Na Divisão de Fatores de Riscos Não Biológicos, o setor de Vigidesastres desenvolve um conjunto de ações que são adotadas continuamente para diminuir a exposição da população e profissionais de saúde aos riscos de desastres e a redução das doenças decorrentes dele.
A palestra foi ministrada pela coordenadora de pesquisa em geologia da UFRRJ/NI, professora Drª Flavia Moraes Lins de Barros, que resumiu os temas apresentados. “Abordei os conceitos de risco, vulnerabilidade, perigo e desastre apontando diferenças e discutindo cada um deles segundo diferentes autores. Destaquei a parte metodológica e teórica para o estudo dos desastres naturais enfocando as principais variáveis que devem ser consideradas partindo do inventário de desastres já ocorridos (sempre considerando dados da Defesa Civil e também de jornais). Finalizei ressaltando sobre como realizar mapeamentos de desastres e de risco”, concluiu.
Segundo o responsável pela Divisão de Fatores de Riscos Não Biológicos, Araquém Fiuza, o encontro inicia a fase de capacitação e preparação dos agentes para o período de chuvas fortes que se aproxima com o verão. “É fundamental que nossa equipe esteja preparada para os casos de desastres naturais, em especial alagamentos ou deslizamentos. Orientar e atender as pessoas que residem em áreas de riscos com a finalidade de desenvolver ações de promoção à saúde, previsão dos desastres e prevenção de doenças também estão inseridos nesta fase”, explicou.
Na Divisão de Fatores de Riscos Não Biológicos, o setor de Vigidesastres desenvolve um conjunto de ações que são adotadas continuamente para diminuir a exposição da população e profissionais de saúde aos riscos de desastres e a redução das doenças decorrentes dele. Entre as principais atividades realizadas são destacadas: Cadastramento das áreas consideradas potencialmente de risco em relação a deslizamentos e alagamentos; Mapeamento; Monitoramento permanente dessas áreas; Cadastramento de abrigos; Sensibilizar a população sobre riscos atual e eminente de desastres naturais; Atualização do Plano de Contingência e cumprimento das metas pactuadas com a Secretaria Estadual de Saúde; Participação em reuniões intersetorias e extrasetoriais com órgãos envolvidos na prevenção e promoção á saúde em relação aos desastres naturais e suas conseqüências; Ministrar palestras educativas nas escolas e setores da sociedade civil; Em caso de ocorrência com desastres naturais atuar no gerenciamento das ações operacionais na Vigilância Ambiental em Saúde; Orientar na limpeza dos depósitos após alguma ocorrência de desastre natural; Distribuição de hipoclorito de sódio na pós-ocorrência de desastres; Orientação acerca das doenças causadas por veiculação hídricas (amebíase, giardíase, gastroenterite, febres tifóide, hepatite infecciosa, cólera e outras como dengue, malária, e verminoses). Dar apoio a Defesa Civil nas ações operacionais.
