quinta-feira, 7 de julho de 2011

Nova Iguaçu testa armadilha contra dengue

           Nova Iguaçu é a única cidade da Região Sudeste que está participando do “Projeto de Avaliação de Armadilhas para a Vigilância Entomológica do Aedes aegypti”. A iniciativa é desenvolvida pelo Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz, e no município conta com a parceria da Prefeitura e da Secretaria Estadual de Saúde. Agentes de endemia da coordenação municipal de Vigilância Ambiental participaram na quarta e quinta-feira (dias 6 e 7 de julho) do treinamento para iniciar a nova estratégia de combate a dengue em três localidades iguaçuana.

          O projeto também está sendo realizado nas Regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste do Brasil e tem o objetivo de avaliar, em campo, quatro tipos de armadilhas, na iniciativa mais ampla do gênero já praticada no país. “Das armadilhas, três são para o mosquito adulto e uma para coleta de ovos. Com este trabalho poderemos avaliar se é possível utilizar essas armadilhas para determinar o índice de infestação por Aedes aegypti. Depois da avaliação inicial os dados serão analisados pela Fiocruz, assim como o custo/benefício para a utilização das armadilhas no Programa Nacional de Controle da Dengue, como indicador de índice de infestação”, explicou o pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e palestrante do treino, José Bento Pereira Lima.

          O coordenador de Vigilância Ambiental de Nova Iguaçu, Claudio Gomes de Barros destaca a importância da iniciativa. “É uma ação nova e colaborativa envolvendo as três esferas de governo. Com os testes será possível estimar o tamanho da população do mosquito adulto, que é o transmissor da dengue”, disse.



          O trabalho inicia na próxima segunda-feira (11/07), nas localidades da Cerâmica, Moquetá e Cabuçu. O projeto tem duração de 12 meses no município e a estimativa é que pelo menos dois mil imóveis sejam visitados. O treinamento foi direcionado aos agentes que atuam como supervisores nas localidades que serão visitadas. O supervisor, Jorge Valdir José dos Santos, aprovou o projeto. “Acredito que este trabalho será eficaz, pois informará o índice real da infestação. Com os resultados podemos intensificar as ações de controle nas localidades”, declarou.